sábado, 27 de novembro de 2010

Abrasca firma acordo com FIPECAFI para o Prêmio Criação de Valor

A Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA) assinou convênio de cooperação técnica com a Fipecafi, cujo primeiro trabalho será o de aperfeiçoar a metodologida de cálculo do Prêmio para a edição 2011. O presidente da Fipecafi, professor Iran Siqueira, disse que o Prêmio tem tudo para se transformar em um Selo de Qualidade das Companhias Abertas.

Primeira reunião para discutir a metodologia será no próximo dia nove. Os presidentes da ABRASCA, Antonio Castro, e da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Iran Siqueira Lima, assinaram na última terça-feira, 23, convênio de cooperação tecnológica e operacional. O primeiro trabalho entre as duas instituições será o de aprimorar a metodologia de cálculo do Prêmio Abrasca de Criação de Valor para a edição 2011.

O Prêmio é concedido para as empresa que, de acordo com metodologia própria, tiveram o maior índice de criação de valor nos últimos três anos, apresentaram sustentabilidade nos resultados e excelência em controle de riscos, transparência e atuação socioambiental.

GOVERNANÇA - Para o presidente da Abrasca, a assinatura do convênio é um passo importante para consolidar o Prêmio, que no próximo ano vai para a sua quarta edição. “ O embasamento técnico e a reconhecida competência da Fipecafi irão conferir valor ainda maior à iniciativa da nossa associação de distinguir as companhias com bom desempenho e boas práticas de governaça corporativa”, destacou Antônio Castro.

“Estou feliz em poder estar junto com a Abrasca neste projeto”, revelou o professor Iran Siqueira. Para ele, a metodologia do Prêmio é bastante inteligente por estabelecer parâmetros que contribuem para melhorar avaliação das empresas. “Tenho a certeza que o Prêmio tem tudo para se tranformar em um selo de qualidade para as companhias abertas”, completou.

DESAFIO – Para o Alexandre Fischer, diretor da GRC Visão Consultoria Econômica, responsável pelo desenvolvimento e aplicação da metodologia do Prêmio e coordenador do convênio, o primeiro desafio do acordo é o de aprimorar a metodologia, que no ano passado passou a trabalhar, para efeito de cálculo, com o valor médio de criação de valor por um período de três anos.

“É preciso, no entanto, voltar a discutir a questão em função das recentes reorganizações societárias, cada vez mais frequentes, de companhias tradicionais, que ficam excluidas da ponderação do cálculo”, acentuou o economista.

Alexandre Fischer contou que a mudança foi feita após a realização, em março deste ano, do Seminário Criação de Valor como Vantagem Competitiva, quando foi questionada a sustentabilidade da criação de valor por uma empresa no periodo de apenas um ano. “A principal proposta construída no Seminário foi a ampliação do prazo de apuração da criação de valor, de um ano para a média de três anos, dando maior peso aos dois anos mais recentes”, explicou.

A questão voltará novamente a ser discutida no dia 9 de dezembro na sede da Fipecafi, em São PAulo, em reunião especial da Comissão de Mercado de Capitais (Comec) da ABRASCA. O objetivo é debater junto aos profissionais de relações com investidores, medidas para avaliar o desempenho da criação de valor no longo prazo, evitando o risco de distorções geradas pelas reorganizações societárias.

O PRÊMIO - Trata-se de metodologia inédita no Brasil, criada pela Universidade de Navarra, na Espanha, e adaptada pela GRC Visão para o Anuário Estatístico das Companhias Abertas, publicação editada pela Abrasca.

Inicialmente, as empresas são selecionadas com base em dados quantitativos para identificar as que conseguiram os mais elevados percentuais de criação de valor em relação a seu market value, ao longo dos últimos três anos.

Posteriormente são consultados analistas de investimentos que acompanham as empresas para obter avaliações sobre o trabalho que elas desenvolvem em áreas-chave como governança corporativa, relação com os acionistas e o mercado, política ambiental e atuação social.

As finalistas são submetidas ao Comitê de Premiação, formado por 14 entidades do mercado de capitais, que indica a vencedora e os destaques setoriais. Este Comitê, que é soberano em seu voto, é composto por representantes das seguintes entidades: Amec, Anbima, Abrapp, Ancor, Adeval, Anefac, Apimec, BM&FBovespa, Fipecafi, Ibef, Ibgc, Ibracon, Ibri e Ini.

Na edição de 2010, a KPMG foi a empresa de auditoria responsável pela revisão e acompanhamento do Prêmio.

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