sexta-feira, 22 de março de 2013

GOVERNANÇA: ABRASCA e CDP juntos no desafio pela redução de riscos e geração de valor


Sustentabilidade

Aprimorar a gestão de riscos, melhorar as práticas de governança das companhias abertas e fornecer mais informações ao investidor é o que pretendem a ABRASCA e o CDP, com a assinatura do Memorando de Entendimentos ocorrida no dia 21 de março último, em São Paulo. ONG que reúne 722 investidores institucionais com ativos de US$ 87 trilhões, no mundo, o CDP agora tem como patronos a Abrapp (entidade representativa dos investidores institucionais) e a Associação Brasileira das Companhias Abertas.

“Estamos buscando agregar valor às empresas, especialmente quando o item sustentabilidade entra na discussão”, comentou Antonio Castro, presidente da ABRASCA, acrescentando ainda que esta geração de valor será percebida na precificação das ações das companhias no longo prazo. Com isto concorda o colega Fernando Figueiredo, diretor do CDP Brasil e América Latina, ao destacar que a agregação de valor se dará para toda a cadeia, uma vez que a parceria entre as duas entidades – além da Abrapp, que já figura como patrona do CDP – contribui para a geração de valor: “Redução de custos, redução de riscos, perenidade, reputação e responsabilidade social são pilares essenciais às organizações neste novo tempo”, sublinhou.

O CDP possui o maior banco de dados corporativos ambientais do mundo. Na América Latina são 68 grandes companhias que respondem, espontaneamente, ao questionário do CDP. Destas, 52 são brasileiras e dentro de um espaço de três anos a entidade pretende ter duplicado este número de respondentes. “É importante ver que o Brasil tem participação superior a 75% das companhias na América Latina, demonstrando claramente a nossa liderança”, comentou Castro, acreditando que novas empresas devam ser motivadas a ampliar o banco de dados local.

RETORNO RÁPIDO - “Práticas de sustentabilidade não só melhoram a imagem como dão efetivos resultados às companhias”, frisou Figueiredo, destacando que 50% dos investimentos realizados em controles de emissão de carbono retornaram em um prazo de três anos. “As empresas têm feito a sua parte, de um modo geral, só precisamos aumentar a nossa base de informações no Brasil e América Latina”, resumiu.

Na avaliação do representante da ABRASCA, o Memorando de Entendimentos assinado ontem facilitará o desenvolvimento do Reporte Integrado (“One Report” ou Relatório Integrado), uma das questões na qual a Associação estará trabalhando forte, com amplo apoio de diversas outras entidades e agentes de mercado, tais como BNDES e BM&FBovespa.

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